PROJETO “BRINCANDO E
APRENDENDO”.
Introdução:
O papel do pedagogo em uma
escola é colocar-se junto às dificuldades dos professores em relação ao
trabalho direto com o aluno problematizando-o no mundo real e imaginário,
contribuindo para que este possa compreendê-lo e reinventá-lo crescendo e
aprendendo junto com esse discente tentando vivenciar juntos os conflitos, invenção,curiosidade
e desejos,respeitando-o como um ser que pensa diferente,respeitando sua
individualidade. O sucesso de uma escola depende também da orientação e
intervenção do coordenador /orientador. Neste intuito elaborei este projeto de
intervenção pensando naqueles alunos que só gostam de brincar e que ainda não
conseguiram aprender a ler.
Justificativa:
Alfabetizar significa muito mais que simplesmente
ensinar a traçar letras ou decodificar palavras.
Este projeto, através do
tema: “Brincando e aprendendo” com atividades que envolvem as brincadeira do
passado e presente, para que a criança possa se apropriar do sistema
da leitura e escrita ao mesmo tempo em
que vai conhecendo a linguagem escrita, ou seja, os diversos tipos de textos
presentes na sociedade. Os alunos vão pesquisar brincadeiras da infância de
seus pais, farão votação para determinar as brincadeiras preferidas de ontem e
de hoje e produzirão textos com instruções sobre essas brincadeiras para
divulgação em cartazes na escola.
Objetivo
Geral: Resgatar e
valorizar as brincadeiras, comparando-as no espaço e no tempo.
Objetivos
Específicos:
·
Promover
atividades variadas e interessantes, visando a dar à criança oportunidade de
lazer e socialmente educativa;
·
Falar
e ouvir em diversas situações nas quais faz sentido expor opiniões, ou vir com
atenção, sintetizar idéias, defender pontos de vista e replicar;
·
Perceber
as propriedades da escrita: letras como representação de fonemas, direção da
escrita, combinação das letras, formas e tipos de letras;
·
Ler
e escrever diversos tipos de textos em situações comunicativas especifica;
·
Valorizar
o resgate das brincadeiras, comparando-as no espaço e no tempo.
Fundamentação
Teórica : A reflexão
pedagógica sobre a prática cotidiana das escolas, com relação aos alunos do
primeiro e segundo anos, tem sido objeto de pesquisa de diferentes teóricos.
Muito já se avançou quanto á compreensão do processo pelo qual passam os
aprendizes da língua escrita.
A escola deve propor ao
aluno uma forma de alfabetizar com leituras e produções desde a etapa inicial
desse processo, com atividades que desperte a curiosidade e o interesse pela
leitura e para ensinar alguns fatos sobre o sistema de escrita e suas funções
sociais. Há um eterno confronto entre a leitura e a escrita que se apresentam
com características funcionais na sociedade e as que são muitas vezes propostas
nas escolas que desvinculam muitas vezes o sentido. Emilia Ferreiro escreve que
“a escrita é importante na escola, e não o inverso” (FERREIRO 1993). Atribui
exclusivamente à escola a responsabilidade pela alfabetização da criança é
certamente uma das causas das dificuldades que a educação vem enfrentando para
dar à criança acesso ao mundo da escrita e leitura.
Não é só pela
escolarização que a criança tem acesso ao mundo da leitura e da aprendizagem.
Antes mesmo de iniciar sua escolarização, e mesmo durante o tempo em que se
submete a ela, a criança vive independente da escola um processo de
alfabetização. Se entendermos esse processo como algo mais que aquisições das
habilidades de ler e escrever através de seu desenvolvimento formal e metódico,
entenderemos que na verdade essas crianças já são letradas e alfabetizadas, é
fundamental, nesse processo de construção que o professor deve “continuar
desenvolvendo na Escola o que as crianças já começaram a aprender sobre a
leitura e a escrita fora da Escola” (FERREIRO 1996).
A dificuldade que muitas
escolas enfrentam para com os alunos com defasagem na aprendizagem é por que
não respeitar as fases cognitiva deles. Querem ensinar o aluno a ler como se a
leitura fosse um ato mecânico separado da compreensão, antes mesmo de ensinar a
decodificação de letras e sons, é necessário mostrar aos alunos o que se ganha
o que se obtém com a leitura. Isso terá sentido e só será possível por meio de
atividades que façam sentidos à vida deles. Casos contrários muitos continuarão
pensando que leitura e escrita é uma tarefa difícil, complicada e inútil.
Nos seus primeiros passos
em direção a alfabetização, o aluno vai abordar o texto não para dominar o
mecanismo da leitura, mas para aprender alguns fatos sobre o sistema da escrita
e possivelmente descobrir que tudo o que se fala pode ser escrito pouco a pouco
através do contanto com material escrito eles vão adquirindo através de um
trabalho projetado para a alfabetização e letramento a habilidade de relacionar
o teórico á prática e vão entender que não existem dificuldades na leitura e na
aprendizagem da escrita.
Um projeto é uma proposta
para resolver uma situação problema relevante para os alunos, deve alcançar um fim
determinado e ter autenticidade. Surge a necessidade de transmitir determinados
conteúdos que podem ser atitudinais, procedimentais e consensuais. O projeto
deve estar dentro do contexto do aluno e deve proporcionar a construção de
respostas pessoais e originais. É uma forma de abordagem dos conteúdos mediante
um trabalho coletivo, interdisciplinar, ativo e integrador com uma proposta de
intervenção pedagógica, gerando aprendizagens significativas reais e
diversificadas em que os alunos se defrontem com situações que os obriguem a
confrontar pontos de vista, rever hipóteses, novas questões; etc. isso ocorre
na medida em que cria elos entre os conteúdos estudados e o meio físico e
social, aproximando a escola da realidade da vida do aluno, motivando e oportunizando
a descoberta do conhecimento.
Metodologia:
No primeiro dia o (a)
professor (a) deverá elaborar com os alunos um roteiro de entrevista para pesquisar junto aos pais e familiares às
brincadeiras de seu tempo de Infância.No segundo dia, irão fazer a leitura da
entrevista e discutir sobre as respostas,depois
selecionar algumas brincadeiras pesquisadas e copiar no quadro com as
instruções que explicam as brincadeiras escolhidas mostrando às crianças um modelo de texto que deve atender a
certas condições de produção para alcançar o objetivo de percepção da representação
escrita; Utilizar a copia das instruções para exercitar a leitura e a escrita
dos alunos agrupando as brincadeiras comuns numa lista pedindo que cada dupla de alunos escolha uma
brincadeira que será divulgada para outras turmas da escola por meio de um
cartaz com o nome da brincadeira e o jeito de brincar. No terceiro dia o
professor deverá elaborar com os alunos
uma lista de brincadeiras atuais, colocando-as em ordem alfabética,e,construir
gráficos para as brincadeiras mais aceitas pelo grupo;Com os alunos,confeccionar
um cartaz no qual conste de um lado, o nome das brincadeiras de hoje e, de
outro as brincadeiras de antigamente para organizar a divulgação do cartaz na
escola.No quarto dia do projeto ,elaborar uma cédula (, xerocada ou impressa)
da qual constem às brincadeiras levantadas pelos alunos e faça uma votação para
escolher três delas;Junto com as crianças, fazer a apuração das mais votadas,
colocando no quadro o levantamento dos dados,dividir a sala em três grandes
grupos: cada grupo deverá elaborar as regras de cada brincadeira mais votada.
Cada grupo será subdivido em duplas que organizarão suas regras no caderno. Escrever
no quadro as regras das três brincadeiras selecionadas. Para cada brincadeira,
as duplas darão oralmente suas contribuições que será negociada com a classe
toda até chegar ao texto final que melhor esclareça as regras das três
brincadeiras selecionadas.
E, finalmente no quinto e
último dia do Projeto, o professor irá fazer a culminância, ou seja, colocar em
prática as três brincadeiras escolhidas e compará-las com as instruções dadas
por escrito: Estão claras? Seguem o passo a passo da brincadeira? Ajudam na
organização? Quais as modificações devem ser feitas nos textos, tendo em vista
sua eficácia no desenvolvimento das brincadeiras selecionadas? Finalizar a
atividade, organizando junto com as crianças cartazes com cada uma das três
brincadeiras mais votadas e suas regras,os cartazes devem ser fixados fora da
sala de aula para divulgação do trabalho ,fazer também com os alunos uma oficina de brinquedos com
sucata e massa de modela.
Recursos:
Papel ofício -
matriz; Papel cartaz; Cartolina; Sucata; Massa de modelar; Lápis de core; Quadro;
Caderno de desenho; Caderno; Hidrocor; Tesoura; Cola; Durex; Textos; Fichas; Dicionários;
Brinquedos; Tintas; Som; Música; Mimeografo.
CRONOGRAMA
DE ATIVIDADES
Esse projeto será
desenvolvido em cindo dias da seguinte forma:
1º
dia:
·
Elaboração
de um roteiro de entrevista para que as crianças pesquisem junto aos pais e
familiares às brincadeiras de seu tempo de Infância. Essa pesquisa pode conter
perguntas como: “Quais eram as brincadeiras preferidas quando você era criança?
Quais eram as regras dessas brincadeiras?” Quantas crianças podiam participar?”
2º
dia:
·
Solicitação
para que algumas crianças leiam a entrevista para a classe e que outras contem
de memória o que os pais ou familiares explicaram sobre sua brincadeira de
criança;
·
Selecionar
algumas brincadeiras pesquisadas para, o quadro de giz, junto com as crianças,
elaborar as instruções que explicam as brincadeiras escolhidas. Dessa forma,
mostrará as crianças um modelo de texto que deve atender a certas condições de
produção para atender o objetivo de percepção da representação escrita;
·
Copiar
as instruções em papel cartaz para exercitar a leitura e a escrita;
·
Agrupar
as brincadeiras comuns numa lista e pedir que cada dupla de alunos escolha uma
brincadeira que será divulgada para outras turmas da escola por meio de um
cartaz com o nome da brincadeira e o jeito de brincar.
3º dia:
·
Fazer
com os alunos uma lista de brincadeiras atuais, colocando-as em ordem
alfabética.
·
Construir
gráficos para as brincadeiras mais aceitas pelo grupo;
·
Confeccionar
com os alunos, um cartaz no qual conste de um lado, o nome das brincadeiras de
hoje e, de outro as brincadeiras de antigamente;
·
Organizar
a divulgação do cartaz na escola.
4º dia:
·
Elaboração
de uma cédula (, xerocada ou impressa) da qual constem às brincadeiras
levantadas pelos alunos e faça uma votação para escolher três delas;
·
Junto
com as crianças, fazer a apuração das mais votadas, colocando no quadro o
levantamento dos dados;
·
Dividir
a sala em três grandes grupos: cada grupo deverá elaborar as regras de cada
brincadeira mais votada. Cada grupo será subdivido em duplas que organizarão
suas regras no caderno;
·
Escrever
no quadro as regras das três brincadeiras selecionadas. Para cada brincadeira,
as duplas darão oralmente suas contribuições que será negociada com a classe
toda até chegar ao texto final que melhor esclareça as regras das três
brincadeiras selecionadas.
5º dia:
·
Colocar
em prática as três brincadeiras escolhidas e compará-las com as instruções
dadas por escrito: estão claras? Seguem o passo a passo da brincadeira? Ajudam
na organização? Quais as modificações devem ser feitas nos textos, tendo em
vista sua eficácia no desenvolvimento das brincadeiras selecionadas?
·
Finalizar
a atividade, organizando junto com as crianças cartazes com cada uma das três
brincadeiras mais votadas e suas regras;
·
Fixar
os cartazes fora da sala de aula para divulgação do trabalho;
·
Construção
de brinquedos com sucata e massa de modela.
Avaliação:
Ao longo do desenvolvimento da atividade, é possível
avaliar como o aluno:
·
Utilizou
a linguagem (oral e escrita) em determinadas situações nas quais faz sentido
falar, ouvir, ler ou escrever;
·
Discutiu
oralmente;
·
Colaborou
com o grupo no roteiro de pesquisa com os pais;
·
Organizou
individual e coletivamente os dados coletados na pesquisa;
·
Escreveu
as regras das brincadeiras;
·
Elaborou
sínteses escritas para divulgação dos trabalhos através de cartazes;
·
Relacionou
suas hipóteses de escrita com as propriedades da escrita em língua portuguesa,
quando foi necessário ajustar o que fala ou ouve com o que precisa escrever.
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